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Série Ansiedade. #2 Em busca do tempo perdido.


A #Ansiedade está directamente ligada às #Expectativas, aos nossos sonhos, e o que idealizamos para cada um.


Idealizar, por definição, é projetar no futuro, no depois ou projetar-se de modo ideal. Imaginar alguém de maneira perfeita É acrescentar algo que não é real. Embelezar, tornar algo real e imperfeito, em algo perfeito e portanto, inatingível. Impossível de chegar porque está sempre no futuro.


Idealizações que apenas serão alcançáveis através de uma caminhada que desmonte os ideais em objectivos mais ou menos concretos, mas que sejam intrínsecos. Que possam ser medidos em passos mais pequenos dessa caminhada. Tangíveis. Acessíveis. Realistas. Personalizados.


Expectativa é estar sempre em busca de algo que não está aqui no presente. Adia o presente. O presente é frustrante. A expectativas esvazia o momento presente. #Procrastina.

Se eu vivo no futuro, o que fica no presente? Um #vazio? Um somatório de vazios.


O que acalma a #ansiedade pode passar por desmontar os anos, em meses, e em dias e em horas. Em pedaços mais pequenos e mais simples. E deste modo, preencher esses vazios, com algumas horas de aprendizagem construtiva. O conhecimento e a aprendizagem, que ao nível académico, quer ao nível relacional, quer ao nível do autoconhecimento.

Preencher estas unidades de tempo mais simples com uma leitura, um podcast ou filme, uma aula de yoga, uma caminhada, uma boa conversa com um amigo, um passeio romântico, uma viagem a um país exótico, aprender uma língua nova, construir um castelo de lego, ensinar uma criança a andar de bicicleta ou mesmo, aprender um novo cozinhado.

Investir numa caminhada que conta uma história, sem vazios. Uma história que não lhe faltem palavras, e que tenha um sentido. Se eu tenho uma história cheia de vazios, não encontro sentido, não a compreendo. Esses vazio são fontes fortíssimas de #ansiedade e desorientação.


O presente requer esforço e disponibilidade. Passa por aprender agora. #Agir agora. Pensar agora. Organizar agora. Explorar agora um pedaço pequeno do potencial humano que detemos intrinsecamente.


Costuma dizer-se em #psicoterapia, quem idealiza, geralmente destrói. Pela lógica, quem acrescente e imagina, caminhando na estrada da realidade, depara-se com incongruências evidentes entre o que imagina e o que vê.


A caminhada, não será consistente, sem um foco bem definido. Esse foco poderá passar pela questão: Quem sou eu hoje? Quem quero ser amanhã?

Por exemplo, se tenho como valores fundamentais basilares a liberdade e honestidade, e quero ser amanhã um ser humano livre e honesto, terei de ter o cuidado para que cada passo que dê seja alimentado por estes mesmo ideias.


Kant dizia que o ideal está no futuro, não é um objecto de desejos. É uma referência de direcção. É importante pensar um pouco sobre a ideia de bussola interna, sedimentada e trabalhada, como uma estátua de Michaelangelo, temos de deixar cair os excessos, o que não é nosso, e emprestámos dos outros e do mundo. Nos temos tudo o que é preciso em nós.

Segurar e guardar o que é de cada um. Valores como: autonomia, liberdade, respeito, justiça honestidade. Cada pessoa tem os seus valores mais estruturais, que quando são afetados causam um desconforto e sofrimentos profundos.


O importante para o sentido da vida é orientar a bussola intrínseca, os nosso valores mais fundamentais e traçar uma recta que nos guia para o nosso foco.


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