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Writer's pictureCátia Ruas Antunes

Série Ansiedade #4 O medo, a ameaça e o real

A #Ansiedade cresce em terreno do medo. O medo de que o mundo, lá fora da nossa redoma protectora, seja ameaçador. Medo da entrega, medo da rejeição, da violência gratuita, medo do bully que pode estar próximo. Algures no caminho da experiência, é possível tornar uma crença de que as pessoas nos vão magoar e que o mundo dá murros no estomago, e como tal temos de estar sempre atentos porque o mundo é cheio de picos de rosa sem pétalas. Magoam, e podem ser fatais. Este medo, começa de ligeiro até que contamina, como um padrão, as restantes áreas da nossa vida.


O #medo cria prisões dentro do nosso cérebro. São prisões que restringem a nossa área de acção, as nossas possibilidades, relações e emoções.


Se tentarmos recriar uma situação real de medo, quando a vida está efectivamente ameaçada, um roubo, uma rua ameaçadora com pessoas que nos abordam, um bully na escola que nos bate, um companheiro que descompensa e nos insulta, uma chefe que nos humilha em frente à equipa, ou mesmo um despedimento ou mudança reais, podemos analisar os sintomas que nos aparecem, sem controlo.


Como o corpo sente o medo, não é difícil se lembrar. Todos já sentimos a garganta seca, que engole um coração num volume altíssimo das suas badaladas regulares, que se estendem numa rigidez corporal. As mãos choram, as pernas fraquejam, os ouvidos apitam para ajudar e a voz cala se forma peremptória. O nosso pensamento fica toldado. Não há mais nada de importante que aquele momento solene de sentimento de #hipervigilância para a sobrevivência.


Imaginar que um ataque de #pânico carrega todo este corpo massacrado pelo medo de uma ameaça, que poderá ou não ser real. É um medo de algo desconhecido aos olhos e ao pensamento. Os sintomas do corpo são exatamente os mesmos, caso estivesse frente a frente com uma ameaça de morte ou de vida. Contudo essa ameaça é apenas uma espécie de eco que cai no vazio, porque não é real. É sentida como real, mas a vida não está em perigo. Por alguma razão o cérebro é informado erroneamente do perigo e da ameaça.


O medo tem de ser desmontado. A prisão e o conceito de liberdade terá de ser desvelado,

O que fazer quando tenho um ataque de pânico? Quando o meu corpo não responde por mim, e age como se uma bomba atómica fosse me despedaçar?

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